Na Superfície da Cidade
Projeto de extensão UFMG

Objetivo
A ideia do projeto foi expandir o campo do design de superfícies para o território, propondo o estudo de padronagens visuais para serem aplicadas em muros ou escadarias, postes, fachadas e outros espaços públicos, partindo do referencial simbólico e imagético de lugares de Belo Horizonte, MG. Além do estudo e pesquisa de técnicas de criação, variações modulares e ordenamento de imagens, o projeto, investiu no caráter investigativo das características visuais identitárias, nas memórias e percepções dos próprios moradores sobre o local onde vivem. O projeto atuou nos bairros e Vilas do Aglomerado da Serra em Belo Horizonte, MG, tendo como parceiros a Escola Municipal Vila Fazendinha, o Centro Cultural Vila Fátima da Prefeitura de Belo Horizonte e a ONG Corpo Cidadão.
Metodologia
Para isso utilizou-se primeiramente da leitura e fichamento de textos com temática relacionada, direcionando a pesquisa para métodos que evolviam, entrevistas com moradores, levantamentos cartográficos, referências locais, bibliográficas e de projetos semelhantes existentes, executando simultaneamente registros fotográficos, oficinas de desenho e estêncil, simulações digitais, e ainda pesquisas em arquivos públicos (Urbel e Centros Culturais). As oficinas tomaram um significado determinante no projeto, pois envolveram crianças e adolescentes do bairro, permitindo uma interação direta com a realidade local envolvendo a comunidade, a escola Vila Fazendinha e o Corpo Cidadão, por meio de conversas, reuniões, exercícios de percepção urbana e de observação, juntamente com visitas guiadas à comunidade (Santa Lúcia da Serra, museus e galerias).
Estudos visuais (técnicas de modulação a partir de territórios)
Praça Raul Soares/Belo Horizonte

São Luís do Maranhão/Maranhão

Desenvolvimento 
Prática do estudo do olhar "o que eu vejo no meu cotidiano que pode ser explorado", formas, texturas ou cores. Investigar características visuais nas memórias e percepções dos próprios moradores sobre o local onde vivem. Uma das práticas aplicadas foi o desenho, utilizamos um caderninho de registros, nele as crianças ilustravam o que achavam interessante do bairro, utilizando como ponto de referência uma janela de papel, para que assim exercitassem o recorte do olhar, já pensando no elemento importante das padronagens: o módulo. 
A partir daí, foi feita uma seleção dos desenhos, que logo em seguida foram transformados em estêncil, para que as crianças pudessem perceber a transição do que elas tinham desenhado para um elemento visual e suas possíveis aplicações, combinadas com o suporte físico, que consistia no estêncil (acetato), tinta guache e papel.​​​​​​​
Resultado de algumas oficinas de estêncil, com as crianças do Corpo Cidadão
Estudos visuais (técnicas de modulação a partir do referencial Aglomerado da Serra)
Resultados
Como resultado propusemos uma ação direta na própria comunidade, por meio da aplicação de padronagens em espaços previamente estudados, como um modo de propiciar uma ação prática reflexiva e propositiva no próprio território, devolvendo à ele as diferentes percepções e registros de que se tem dele. Tratam-se de intervenções urbanas de caráter artístico a partir de técnicas de desenho, pintura mural e estêncil, ressaltando aspectos identitários das próprias comunidades. 
Não foi possível concluir nossa intenção inicial, que consistia na pintura do muro, devido a imprevistos no cronograma, principalmente no que se diz respeito a agenda das escolas. Realizamos uma exposição temporária, na Escola de Arquitetura e Design da UFMG, para que fosse possível apresentar o que foi produzido. ​​​​​​​​​​​​​​

Período: Março/2014 até fevereiro/2015
Professora coordenadora: Maria Luiza Dias Viana
Bolsistas: Jéssica Kawaguiski, Matheus Viana e Wellington Tadeu
Agradecimentos especiais: Wellington Tadeu, Fabiana Kauder, Beatriz Leite, Yole e Leone.
Dedicado a Lais Lacerda.
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